O esforço despendido em resolver
As necessidades básicas e o dinheiro
É a fonte da escravidão
Há que solucionar aquelas com inteligência.
As relações de amor e amizade
São precisas para nos mantermos activos
Caminhar lado a lado para a libertação
Viver plenamente em companhia dos outros.
Em locais libertados pratica-se a guerra
Aos valores da ilusão capitalista
Nas encruzilhadas da subversão
Surgem os rumos livres da vida.
Com a experimentação, a tentativa e o erro
Criar, inventar um novo mundo
Aproveitando o que sobra de bom neste mundo d'agora.
segunda-feira, 25 de outubro de 2010
quinta-feira, 15 de julho de 2010
Mendigos, Vadios e Estranhos
Durante a juventude as opções de vida condicionam o futuro. A vivência com intensidade em subculturas juvenis (punk, metal, rap, etc), a dedicação a uma arte (música, poesia), a pertença a movimentos políticos (ocupas, libertários), ser viajante, vegetariano, levam uma minoria da população a não se desenvolver por caminhos normais (estudo, trabalho), fazendo tabula rasa do sistema e colocando-se nas suas margens.
Acompanhando as opções outros comportamentos contribuem para se diferenciarem da maioria: delinquência, uso de drogas/alcool, vida boémia/nocturna. Mas estudemos as tentativas de criação e acção de alternativas.
Provindo de todas as classes sociais os jovens que procuram alternativas no âmbito das suas possibilidades e sonhos ou que se entregam pura e simplesmente ao destino, sobrevivendo aqui e ali de biscates, desenvolvem a sua vida de uma forma ricamente social, através de colectivos, bandas e associações.
A maior ou menor radicalidade da opção escolhida assim como a intensidade da entrega ditará o porvir de tal acção.
A muitos destes indivíduos corresponde uma identidade grupal que se desvanece com a idade, conduzindo à solidão e muitas vezes ao celibato. Também se pode salientar que os grupos e correntes alternativas são muitas vezes apelidados de modas e explorados como nichos de consumo.
À chegada à meia idade, se as alternativas não conduzirem à independência económica estes indivíduos estarão dependentes da família ou do estado ou em alguns casos, estarão em situação de sem-abrigo.
Esta minoria (lumpenproletariat), que não trabalha, pelo menos a tempo inteiro e em actividades lucrativas é desprezada pela economia tanto por marxistas como por crentes na economia de mercado, vistos como perdedores tanto por uns como por outros.
As escolhas de vida que levam a que se viva com pouco ou nenhum dinheiro não significa miséria, pode-se dizer que uma linha muito fina separa a pobreza sonhadora da pura indigência.
As mais variadas instituições encarregam-se da integração das pessoas que ultrapassaram a tal linha, Instituições de solidariedade social, Hospitais Psiquiátricos, Igreja, mas cabe a cada um sair da sua situação de carenciado.
Ao longo da história e em todas as sociedades sempre existiram homens e mulheres que não encaixam na ordem estabelecida. Rebeldes ou malandros, livres de espírito ou escória. Depois do fulgor dos projectos e iniciativas chega a idade da resistência, resistir ao envelhecimento e à doença.
Acompanhando as opções outros comportamentos contribuem para se diferenciarem da maioria: delinquência, uso de drogas/alcool, vida boémia/nocturna. Mas estudemos as tentativas de criação e acção de alternativas.
Provindo de todas as classes sociais os jovens que procuram alternativas no âmbito das suas possibilidades e sonhos ou que se entregam pura e simplesmente ao destino, sobrevivendo aqui e ali de biscates, desenvolvem a sua vida de uma forma ricamente social, através de colectivos, bandas e associações.
A maior ou menor radicalidade da opção escolhida assim como a intensidade da entrega ditará o porvir de tal acção.
A muitos destes indivíduos corresponde uma identidade grupal que se desvanece com a idade, conduzindo à solidão e muitas vezes ao celibato. Também se pode salientar que os grupos e correntes alternativas são muitas vezes apelidados de modas e explorados como nichos de consumo.
À chegada à meia idade, se as alternativas não conduzirem à independência económica estes indivíduos estarão dependentes da família ou do estado ou em alguns casos, estarão em situação de sem-abrigo.
Esta minoria (lumpenproletariat), que não trabalha, pelo menos a tempo inteiro e em actividades lucrativas é desprezada pela economia tanto por marxistas como por crentes na economia de mercado, vistos como perdedores tanto por uns como por outros.
As escolhas de vida que levam a que se viva com pouco ou nenhum dinheiro não significa miséria, pode-se dizer que uma linha muito fina separa a pobreza sonhadora da pura indigência.
As mais variadas instituições encarregam-se da integração das pessoas que ultrapassaram a tal linha, Instituições de solidariedade social, Hospitais Psiquiátricos, Igreja, mas cabe a cada um sair da sua situação de carenciado.
Ao longo da história e em todas as sociedades sempre existiram homens e mulheres que não encaixam na ordem estabelecida. Rebeldes ou malandros, livres de espírito ou escória. Depois do fulgor dos projectos e iniciativas chega a idade da resistência, resistir ao envelhecimento e à doença.
terça-feira, 25 de maio de 2010
Okupas
Ocupas são um movimento social, também chamado de tribo urbana, que começou em muitas cidades europeias e hoje existe por todo o mundo. Designa os colectivos, de jovens principalmente, que se dedicam a ocupar edíficios abandonados. Em Portugal existem no Porto, Lisboa e Setúbal.
As ocupações destinam-se à habitação, constituição de centros sociais, locais de convívio, oficinas, albergue para viajantes.
A desertificação dos centros citadinos devido à terciarização (em Portugal culpa-se a lei das rendas), a falta de habitação, a chegada de migrantes dos centros rurais, imigrantes e ciganos, movimentos políticos anarquistas e de esquerda anti-desperdício e de reabilitação urbana contríbuiram para o seu aparecimento.
As origens ideológicas remontam à contracultura dos anos 60 e tiveram grande impulso com o Punk e mais recentemente com as raves.
Em Londres estimam-se em 13000 os ocupas (Squatters em inglês), em Berlim nos anos 80 ocuparam-se bairros inteiros, em Espanha existem cerca de 200 casas ou centros ocupados e 2500 pessoas envolvidas. Em Itália desenvolveram-se desde os anos 70 os Centros Sociais Ocupados Autogestionados, ligados à esquerda, tanto parlamentar como radical e a grupos anarquistas.
É uma tribo politizada que combate a especulação imobiliária e o desperdício.
Os membros dos colectivos de ocupas não se organizam com o pensamento na ascensão social ou no ânimo de lucro, os seus objectivos são usar a criatividade, a diferença e vida alternativa, a ajuda a actividades ecologistas e políticas pouco visíveis (vegetarianismo, uso de bicicleta, ajuda a reclusos, direitos dos homosexuais, etc.).
Dedicam-se à reciclagem, não só de casas mas também de comida, mobiliário e demais objectos. Alguns dedicam-se à animação de rua (música, malabarismo, teatro). Também existem estudantes e trabalhadores precários, vendedores de publicações sociais e artistas independentes.
As actividades das casas ocupadas são eventos solidários (beneficiência para colectivos de direitos humanos e direitos dos animais), concertos, local de reunião de colectivos, promoção de arte alternativa, debates, projecção de filmes e documentários, edição de fanzines, rádios e websites, distribuidoras de livros e publicações.
As ocupas comunicam entre si num sistema de rede e existem anuários e sites da internet onde estão colocados os seus endereços.
domingo, 23 de maio de 2010
Herois
Convidamos Sem Abrigo, Ex-Reclusos, Doentes Mentais e outros inadaptados à sociedade a participar neste blog. Somos os herois deste mundo. Não nos deixemos massacrar pelo dinheiro nem pelas imposições sociais. Vivamos a aventura da poesia e do maravilhoso.
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